O segundo dia começou com outro tem que muito me atrai: bioarquitetura, a boa arquitetura, a arquitetura da vida ou ainda arquitetura viva, termos que vem sendo utilizados na Alemanha desde a década de 70. Usa conceitos de permacutura (permanent + agriculture = permaculture, termo cunhado pelo australiano Bill Mollison). O arquiteto Francisco Lima nos mostrou construções que utilizam materiais naturais e locais sem perderem em conforto: bambu, terra crua, instalações para polimento de água. Biomimetismo, a vida imitando a Natureza. Você sabia que o bambu consegue rebrotar até 600 vezes enquanto o eucalipto rebrota apenas 8? e que a fotossíntese do bambu sequestra carbono dia e noite? O Parque Severo Gomes, perto de minha casa, tem um telhado verde que sempre admirei e foi feito pela Archidomus. Parabéns!
Nesse dia tivemos duas aulas de Raul Cânovas: a primeira sobre arbustos, a segunda sobre trepadeiras. O objetivo principal dessas aulas foi estimular os paisagistas a se interessarem pelo que há em espécies pouco utilizadas, a sairem do lugar-comum. Pois bem, ai vamos de encontro com um assunto que já dicutimosmuito aqui em casa com meu irmão, o desenvolvimento de fornecedores, pois a regra geral do mercado é e sempre será: só há produção se houver procura. É justamente o que eu temia ao fazer meu primeiro projeto - as plantas estão nos livros, mas, e na hora de comprar, como faz? Resposta: procura, procura, procura e procura mais um pouco e também estimula os fornecedores a produzir em escala de mercado. Mas isso não acontece de hoje para amanhã, que fique bem claro. Como pretendo estar no mercado por muito tempo ainda, tudo bem!
Contenção de encostas e drenagem foi uma das aulas mais fraquinhas. Não porque não fosse interessante, muito pelo contrário. Mas porque o modo de dá-la foi pouco de encontro aos anseios dos paisagistas. Notei que havia muito conhecimento, porém pouco "link" com o paisagismo. Saio dela convencida de que há solução para tudo, basta consultar o profissional correto. E isso é bem reconfortante. A empresa chama-se Agrogeo Engenharia, mas Fernando Andrade não deixou seus contatos (ou fui eu quem nçao teve tempo de anotar?).
A aula sobre frutíferas nativas do técn. agr. Luis Bacher foi mais um estímulo ao pesquisar. E pensar que há uma nao atrás eu achava difícil ter frutíferas em vasos... Incrível o que um pouco de conhecimento faz pelo ser humano. A lista que fiz de frutíferas nativas que podem ser cultivadas em vasos chega quase a 30 nomes. Sua empolgação com o assunto (e com os sucos) é algo contagiante. Obrigada. Logo Luis Bacher emendou uma aula sobre arborização urbana, que para mim passou meio batida, creio que pelo cansaço qeu ficar sentada o dia inteiro provoca, aliado a um assunto já mais conhecido. O que mais me marcou nela? Saber que o Jatobá seqüestra muito carbono.
Ufa! Fim do dia 2 de 3,5. ainda bem que existe a noite para deixar o conhecimento procurar seu lugar no cérebro para ser acessado futuramente. Mais importante que saber a resposta é saber que ela existe e onde econtrá-la!
*** 15.08.2008 ***
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Eba! Mais matizes nas minhas cores!!
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Hey there! Thanks for leaving new shades into my colours.
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