terça-feira, 30 de setembro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Meus cachorros jardineiros

Finalmente lembrei de pedir a máquina fotográfica emprestada para fotografar as fotos de minha Ledebouria socialis, que eu nunca tinha visto florescer.
Pena que meus cachorros acharam que o substrato no vaso estava muito compactado e necessitava de um pouco de ar. Resta achar outro canto para replantar os vários filhotes e torcer que ela volte a dar flores em breve...
Se quiser saber de qual suculenta se trata, visite o blog do Marcus que acaba de postar sobre ela aqui.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Primavera, por Cecília Meireles

Primavera

Cecília Meireles

A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.

Texto extraído do livro "Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1998, pág. 366, segundo cita o texto que peguei publicado aqui.

Bem-vinda, primavera!

Todos os anos há já não sei quantos comemoro a entrada da primavera com um grupo que encontro unicamente nessa ocasião do ano. Mas quem organizava tudo mudou-se para o Canadá e ninguém tomou as rédeas do encontro anual, que pena...
Sentirei saudade de nossa reunião tão gostosa, de comprar abacaxi (a fruta do meu signo) e de inventar algo com ele para que possa ser comido lá, na hora.
Bom, terei que festejar de outra maneira, e a primeira forma é essa:

FELIZ PRIMAVERA!!

domingo, 21 de setembro de 2008

Dietes iridoides - Moréia

Fam. Iridaceae
Dietes iridoides - Moréia

Herbácea perene, ereta, rizomatosa, entouceirada, originária da África do Sul, de 30-50cm de altura, com florescimento decorativo.Folhas partindo da base, em leque, linear-lanceoladas, longas, verde-escuras e coráceas.

OK. Metade disso para mim é, como diz meu irmão, chinês técnico. E olha que copiei apenas o primeiro parágrafo da ficha do livro de ornamentais do Lorenzi...
Cada vez mais sinto necessidade de aprender ao menos o mínimo sobre taxonomia vegetal. Fico inconformada em não saber nada sobre algo que me parece tão fundamental. Na minha expectativa, saber quais as características das famílias das plantas e como identificá-las vai me ajudar muito. Quando? Quando, como costuma acontecer, olho para uma planta e fico frustrada - não por não saber seu nome, mas por não saber por onde começar a procurar. Sair folheando o livro de ornamentais não é algo muito produtivo...

Assucena sugeriu o novo livro de botânica sistemática que acaba de ser lançado pela Plantarum. Será minha aquisição assim que eu tiver tempo para dedicar ao tema. Gastar R$ 80,00 com esse livro no momento não vai rolar.
Fiquei curiosa em saber o que é e para que serve uma tal de chave de identificação que a Plantarum vende por R$ 5,00. Soa como se fosse uma ferramenta bem útil. Fui ver a tal na Livraria Cultura, mas a disponibilidade deles é só para compras via site. Devem comprar da Plantarum só quando há algum pedido...

***

Enquanto isso, alguém sabe indicar um glossário de botânica online?

Petrea Subserrata - Viuvinha




Clique nas fotos para ampliar

Lilás


sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Fazendo minhas...

... as palavras dos outros: um texto singelo e carregado de sensações que também me pertencem, publicado hoje no Rainhas do Lar. Vai lá ver!

No mesmo barco

Estou desaparecida daqui e de meus outros dois blogs. Pura falta de tempo. Vontade para escrever não falta...
Hoje resolvi passear pelos blogs amigos e ler as novidades. Achei que fosse levar horas. Que nada. Pelo jeito, estamos muitos de nós no mesmo barco...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Jardins no cinema

Oi.
Estou dando uma rápida passadinha para recomendar o recém-nascido blog Jardins no Cinema. Quem escreve é Assucena Tupiassu, professora da Escola de Paisagismo e Jardinagem que conheci no curso que estou terminando no Parque Ibirapuera, bióloga, apaixonada por cinema (isso fiquei sabendo hoje) e uma pessoa serena, com uma energia que me faz muito bem.
Eba: mais uma leitura diária imperdível ;-)