sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O poste que virou árvore

Ele se achava muito frio. Duro. Sem graça. Queria mudar, mas não sabia como. Tentou colocar uma roupa, pintar as unhas. Tudo em vão.
Mas ele não desistia, continuava querendo melhorar. Mudar.
Fez terapia, dança, aulas de cerâmica, pilates. Pesquisou na internet.
Estava desesperançado quando pintou o amor. E que amor! Envolvente, vivo, crescente.
Hoje ele é árvore e é feliz. Alegra a rua onde mora e no Natal enfeita-se todo, sentindo-se especial e vivo.
E viveram felizes para sempre ♥





Em tempo: adorei a idéia. Nota-se que é antiga. Nota-se também que alguém se ocupa do assunto, podando o necessário para que não haja interferência da trepadeira com a rede elétrica, algo MUITO importante. Portanto, copie sim, mas saiba que terá uma manutenção mensal (no mínimo) que não pode ser negligenciada e que não pode ser feita por qualquer um - afinal, não queremos ninguém esturricado como enfeite nos fios lá em cima, certo?

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Transplantando árvores

Um amigo perguntou se é possível transplantar uma jabuticabeira que ele estima ter 50 anos de idade, apesar de não ser muito grande. Não tenho possibilidade de ver a árvore, estou a mais de 3000km de distância. Tampouco tenho experiência em transplantes de espécies grandes, mas sei que é possível fazê-lo.
Aproveito para postar a resposta que mandarei a ele, porque acho que pode interessar a mais gente e, principalmente, porque quero saber se esqueci algo crucial. Quem quer colaborar?


A pergunta

Olá Elê.

Aqui no terreno em que estão construindo umas casas tem uma jabuticabeira de uns 50 anos. Mas apesar da idade não é nenhum monstro de tamanho.
Seria possível transplantá-la pro meu quintal? Imagino os riscos do trampo mas gostaria de salvar a árvore.
Que acha?
Bjs.


E a resposta

Oi


Não dá para responder de forma curta, porque a cada coisa que escrevo, lembro de mais um aspecto importante. Então, vai em estilo manual mesmo, tentando descrever todos os aspectos envolvidos. Espero que ajude e estou à disposição se ficar alguma dúvida.
Não se assuste com o tanto de informação e, quando decidir e conseguir a autorização (veja o item sobre legislação), faça o transplante e me conte, ok? Pode parecer mais complexo do que realmente é.
Também há empresas que fazem esse serviço, posso procurar se tenho alguma referência aqui para te passar, eles podem te dar um orçamento e assessoria mais experiente.

Mas vamos ao que interessa. É possível sim transplantar a jabuticabeira.


O certo é fazer o transplante com tempo, de forma planejada, fazendo uma sangria. Trata-se de abrir uma canaleta em volta de 1/3 da raiz da árvore, colocar estopa ou saco de juta na parte externa dessa vala e encher com substrato (veja abaixo). Ai espera-se um mês para que esse terço solte novas raízes e faz-se o mesmo com o segundo terço. Mais um mês de espera e faz-se o último terço, já tirando o torrão da árvore e transplantando para o local definitivo.
Esse anel deve ser o mais longe do tronco possível, o legal seria deixar um raio de pelo menos 80cm a partir do tronco. Quanto menos se cortarem as raízes, melhor. É também muito importante que o torrão não quebre ao transplantar a árvore, para não abalar as raízes que ficaram.

Quando for efetivamente fazer o transplante, faz-se uma poda da parte aérea da árvore. Pode dois terços dos galhos e folhas, deixando um terço da parte aérea. Isso serve para a árvore não gastar energia mantendo as folhas e para que não perca água por transpiração, já que a prioridade dela será primeiro lançar novas raízes antes de voltar a crescer folhas. Sem raízes, ela não se alimenta.
O crescimento de folhas pode levar meses até começar. Para saber que a planta continua viva, podemos raspar a parte superficial de algum galho e ver se continua verde, o que significará que a seiva continua circulando. Mas não faça isso demais porque são feridas que ela terá que cicatrizar.

Como estamos no fim do verão (ela vegeta - cresce mais - na primavera e no verão) e quase entrando no outono, a tendencia é ela economizar energias e já não crescer tanto.

[Se precisar acelerar o processo, faça a sangria em duas metades: uma agora, espera um mês e logo retira a árvore.
Se essa espera também não for possível, veja se dá para esperar pelo menos 15 dias, ou então faça de uma vez só... mas ai já é bem mais arriscado.]

Antes de tirar a planta, amarre um cordão vermelho (ou outra cor chamativa) voltada para o norte (ou a parede do fundo, por exemplo, já que o transplante é perto) para poder plantar ela na mesma posição em que estava, pois a planta já está acostumada a essa insolação e direção dos ventos.


O preparo do berço (buraco para onde ela vai): é importante que seja o maior possível.
O buraco deve ser quadrado, assim as raízes encontram uma barreira que conseguem furar (quando é redondo elas muitas vezes enroscam acompanhando a parede e isso funciona como se fosse um vaso e a planta já não se desenvolve tanto quanto poderia).
Ao fazer o berço, peça para fazerem dois montes, um com os 20 a 30cm de cima da terra retirada (essa camada superficial é a parte que contém nutrientes) e outro com o resto. Nessa porção superior, misture calcário dolomítico (não é cal de construção), que ajuda a equilibrar o pH da terra (o ideal é ter um pH neutro entre 6 e 7).
Se quiser, compre o peagâmetro para medir o pH, mas dá para ir por aproximação sem muito erro. Os solos de São Paulo são invariavelmente ácidos, então temos que corrigir o pH (isso se chama calagem) adicionando calcário dolomítico. Se não fizermos isso, não adianta colocarmos outros adubos, pois a planta num solo ácido não consegue absorver os nutrientes (a não ser que seja uma planta que gosta de solo ácido, a minoria).
150g de calcário dolomítico por metro quadrado corrigem um ponto de acidez. Se for fazer sem medição, suba 1,5 pontos - ou seja, use 225g de calcário por metro quadrado. Eu tenho um monte de calcário em casa. Pede ao meu irmão. Está (...), lado direito. É um saco plástico com um pó branco que está aberto e amarrado. Pozinho chato, cuidado para não aspirar! Basta polvilhar naqueles 20 a 30cm mais superficiais que vamos separar e incorporar bem. A calagem deve ser feita pelo menos 30 dias antes.


Quanto ao substrato de plantio, vamos fazer uma mistura de 1/3 de substrato (por exemplo da marca Biomix, à venda no CEASA ou em garden centers como o da Av. dos Bandeirantes - o CEASA é bem mais em conta) + 1/3 de areia de construção média ou grossa (ajuda na drenagem) e 1/3 da terra do jardim que você tirou ao fazer o buraco - aquela camada superficial que recebeu a calagem. Se precisar, complete com algo da parte mais de baixo da terra. Importante quebrar bem os torrões e tirar todas as pedras, lixo etc. dessa terra que sai do berço.
Ainda no plantio, vamos decidir se você irá manter a jabuticabeira de forma orgânica (mais saudável e natural e sem adubos químicos ou agrotóxicos) ou química, com adubos químicos como o NPK e agrotóxicos quando forem necessários (mais fácil). Eu voto pelo orgânico, por se tratar se uma frutífera e porque sei que na sua casa as coisas crescem bem mesmo quando não lhes damos nenhuma atenção. Com o trato do berço na hora do plantio então, irá de vento em popa.


Na hora do plantio, é também muito importante que o nível do chão permaneça o mesmo. É preferível plantar a árvore um pouco mais alta que o chão (15cm), já que a terra irá invariavelmente ceder com o tempo. Não devemos compactar demais senão as novas raízes terão muita dificuldade em crescer. Ela nunca deve ficar mais baixa que o nível do solo, porque se o colo (um ponto entre as raízes e o tronco, não dá exatamente para identificar) for coberto, isso trará doenças futuras (o que pode demorar anos e até décadas para acontecer, mas certamente diminui a expectativa de vida e a saúde da árvore, afetando o crescimento, a frutificação, a resistência).


Para carregar a jabuticabeira há diversas formas, dependendo do tamanho e do peso dela. Uma tentativa pode ser a de passar uma corda no torrão, ai duas ou quarto pessoas erguem o torrão pela corda e mais uma ou duas erguem a copa amarrada (previamente podada como já descrito acima). Ao caminhar, é importante que o torrão vá na frente abrindo caminho, pois facilita o plantio.
Talvez seja necessário um caminhão-munk? Em agosto de 2008 o aluguel de um munk custava entre R$ 80,00 e R$ 100,00 a hora.


Quanto às regas, frequencia e quantidade, a jabuticabeira AMA água, ela bebe muito. O sistema ideal de rega dela é o por gotejamento, ou seja, fica pingando água nela 27 horas por dia, 7 dias por semana (se não chover) para sempre manter a umidade do solo constante. Isso requer a instalação de uma mangueira ou cano de PVC furado que fique pingando sempre e pode ficar no caminho, ficar incômodo se for feito no estilo caseiro. Pode também regar a primeira vez depois colocar uma garrafa PET furada que vá pingado constantemente e que é enchida sempre que necessário.
Um sistema de irrigação automatizado é muito legal, mas requer investimento e o trabalho de uma empresa especializada.
Então, de qualquer forma, lembre-se de regá-la todos os dias até o enraizamento - você saberá que ela enraizou ("pegou") quando começarem a surgir novas folhas. Depois, como ela estará no solo e não num vaso, ela se vira melhor por conta própria e deverá ser regada em épocas de estiagem. Não deixe faltar água para obter mais frutos saborosos!


Legislação
Essa jabuticabeira não pode sair do terreno onde está sem a devida autorização da prefeitura.
A lei municipal de São Paulo no 10.365/87 regulamenta a poda ou o corte (e o transplante) de árvores no município. Ela também diz que se você tiver um "bosque" (três espécies de árvores distintas no mesmo terreno) pode solicitar desconto no IPTU desse imóvel. Mas ai você é bem mais qualificado para estudar a legislação do que eu, divirta-se!
E há uma portaria de no 26/2008 da SVMA que regulamenta de forma mais estrita ainda essa lei, dizendo que árvores poderão, com a devida autorização, ser transplantadas dentro do mesmo terreno no caso de obras.
Saiba disso, pois há multa, implica em compensações ambientais e atinge o dono do terreno, a pessoa que está trabalhando na árvore e demais envolvidos.
Aqui você acha uma listagem da legislação ambiental federal, estadual e municipal.


Do site da prefeitura:
"Para poda de árvores em terrenos de propriedade privada, o munícipe deve obter autorização, mediante solicitação por escrito, na Praça de Atendimento da Subprefeitura do bairro, contendo exposição de motivos e informação sobre a espécie da árvore. Deve anexar também croquis de localização da árvore no terreno, cópia do carnê do IPTU e de comprovante de endereço (conta de água ou luz). A autorização será concedida somente após vistoria do local, efetuada pelo engenheiro agrônomo da Subprefeitura em que está localizado o imóvel.
"
A autorização pode ser solicitada no site, na subprefeitura.


Outros materiais interessantes:
* Manual técnico de arborização urbana da Prefeitura
* Manual técnico de poda da Prefeitura

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O que é, o que é?


Inspirada pelos desafios que Neide vez por outra publica no Come-se, quis fazer igual. Ou parecido.
Quem arrisca dizer o que usaram para forrar o chão dessa praça?
Acabei reparando porque fiquei um tempo sentada na sobra de uma paineira (que me bombardeava com suas flores) antes de empreender a caminhada de volta para a casa de meus pais.

Não sei se concordam comigo, mas, apesar de gostar muito do efeito de seixos rolados usados para forrar o chão, vasos e jardineiras, sinto-me bastante culpada ao pensar em fazê-lo. Isso porque sei que a Natureza levou um bom tempo para deixá-los tão redondinhos e agradáveis ao tato e que eles nem sempre são extraídos do fundo dos rios de forma sustentável. Ou seja, eles são finitos. Além do mais, a extração aprofunda o leito do rio, predispõe ao assoreamento, influi na fauna... Para extraí-los de forma legal, a mineradora deve ter o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto Ambiental) e conseguir as devidas autorizações do Ministério do Meio Ambiente, o que implica em constantes controles e compensações ambientais que tem um custo para a empresa. Será que aquele "tantinho" que compramos no CEASA vem de uma fonte certificada? (leia mais no fim do post)


Por isso fiquei chocada ao identificar o que forra o chão dessa praça.
Quando eu era criança, costumava andar pela praia e juntar conchinhas. Por sorte minha mãe não deixava que eu levasse todas para casa - por causa do cheiro de peixe e da areia - mas isso tinha um efeito colateral muito benéfico: elas ficavam lá, na praia, para devolver calcário ao mar e para que mais pessoas delas pudessem desfrutar.
E hoje? Quem é que consegue achar conchinhas na praia? Isso está cada vez mais difícil, que tristeza... Não tenho filhos, mas se os tivesse não poderia repetir com eles algo que me dava tanto prazer quando minha mãe caminhava comigo molhando os pés na água do mar e caçando conchinhas desabitadas. Com meu irmão, competíamos para ver quem encontrava a mais bonita.
E você, o quem a dizer a esse respeito?


***

"A fauna característica do leito depende diretamente de condições naturais, como por exemplo, da renovação contínua dos seixos rolados e da presença de margens íngremes. O que não se verifica em rios regulados onde ocorre a senilidade dos mesmos. Com a realização de obras hidráulicas, o perfil é reduzido, o leito aprofundado e a velocidade da corrente aumentada. O aumento da capacidade de vazão reduz a freqüência de transbordamento das cheias menores e médias, porém permanecem as grandes enchentes. A relação entre rio e baixada inundável é interrompida, contribuindo para o desaparecimento de locais para a desova de peixes, por exemplo."

Extraído de uma publicação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMADS - Rios e Córregos - Preservar - Conservar - Renaturalizar - A recuperação de rios, possibilidades e limites da engenharia ambiental - Abril 2001 - disponível nesse link no dia da publicação desse post.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Roxo

Tradescantia pallida


A trapoeraba-roxa, coração-roxo, trapoerabão ou simplesmente trapoeraba é uma herbácea suculenta prostada, originária do México, que atinge entre 15 e 25cm de altura. Possui folhas pubescentes muityo decorativas (*).

Para mim, tem cara de casa de vovó, de lembranças da infância. Dizem que as fotos são pouco vistosas. A isso, digo que sim (são pequenas e discretas, também roxas) e que não, já que dão uma luz extra a essa forração. Sem as flores o canteiro certamente não seria o mesmo.
Se quiser mais dela, divida a planta, faça estacas de seus ramos ou, se tiver paciência e uma boa lente de aumento, use as sementes, que não são comumente utilizadas para multiplicá-la, mas são proliferadas pelo vento e outros agentes da Natureza, germinando onde encontrem matéria orgânica e umidade.
Quanto mais sol ela tiver, mais roxa se tornará. Do frio, não gosta muito, mas sobrevive a temperaturas como as de Buenos Aires no inverno (chega a fazer alguns graus abaixo de zero em certos dias) e volta com tudo assim que as temperaturas sobem.


* Fonte: LORENZI, Harry e MOREIRA DE SOUZA, Hermes. Plantas Ornamentais no Brasil. São Paulo: Ed. Plantarum, 2001 (3a edição - p. 381).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Amigos: meu tesouro!

O que seria de mim sem minhas amizades? Certamente bem menos do que sou hoje. Amei, Pri, receber mais esse carinho seu. Obrigada, obrigada, obrigada!!!

♥♥♥

Eis as regras: repassar a missão a mais 8 blogs e avisar os escolhidos.

Diz o seguinte
Gula: comer além do necessário e a toda hora;
Avareza: cobiça de bens materiais e dinheiro;
Inveja: desejar atributos, status, posse e habilidades de outra pessoa;
Ira: junção dos sentimentos de raiva, ódio, rancor, que são incontroláveis;
Soberba: falta de humildade de uma pessoa, alguém que se acha auto-suficiente;
Luxúria: apego aos prazeres carnais;
Preguiça: aversão a qualquer tipo de trabalho ou esforço físico.

E o que eu digo...
Gula: Aquela pelos doces já melhorou bastante, mas reconheço que esse é um de meus pecados mais fortes... Uma luta constante. Ao menos é consciente e mantido sob cosntante vigilância (nem sempre bem-sucedida, diga-se...)
Avareza: Não sou de me endividar para ter coisas, nem viciada em shoppings e tampouco considero gastar dinheiro uma terapia. Mas quem é que não tem desejos e ambições? Procuro dividir e compartir o que tenho...
Inveja: Prefiro pensar que há uma inveja destrutiva (essa, um vício) e outra construtiva, que nos faz sonhar e correr atrás de nossos sonhos. Não deixo a primeira mandar em mim, ufa!
Ira: Há momentos em que ela vem com tudo, mas com o tempo, a idade, a maturidade, as experiências de vida vamos nos tornando mais fortes que ela. É assim comigo e desejo que seja para todos, é muito bom sentir-se mais forte que ela. Aqui um texto publicado por uma amiga e que é muito apropriado para o tema.
Soberba: Acredito que sempre temos algo para aprender e que temos que nos policiar para perceber isso nos temas com os quais temos mais familiaridade, pois a tendências a ser sabichões nesses casos é fatal.
Luxúria: Car-o-quê? Acho até que preciso um pouco mais disso em minha vida, hahaha (rir para não chorar).
Preguiça: Em muitos momentos me considero preguiçosa, em outros, muito ativa. No fim, acho que a coisa se equilibra. Não tenho medo de arregaçar as mangas quando necessário, mas às vezes faz falta um empurrãozinho e algo de motivação.



Troféu do Amigo
Esses blogs são extremamente charmosos. Esses blogueiros têm o objetivo de achar e serem amigos. Eles não estão interessados em se auto-promover. Nossa esperança é que quando os laços desse troféu sejam aumentados, ainda mais amizades sejam propagadas. Entregue esse troféu para oito blogueiros que devem escolher oito outros blogueiros e incluir esse texto junto com seu.

Seguem os meus arduamente selecionados para as duas missões (vou procurar não me repetir e a cada vez prestigiar mais gente legal que aparece todos os dias):


Banda Sal Grosso - a trilha sonora de tantos churrascos inesquecíveis
Isa, Bela Isa - Alguns Estratagemas (supra mencionada)
Buriti Paisagismo - amigas mais recentes
Mentiras Sustentáveis - do eco-amigo Pedro
Minhas Suculentas - amigo d'além mar
No Time for Flashcards - americano, para globalizar a brincadeiras - excelente para quem tem filhos pequenos e quer se divertir com eles, também para quem gosta de artesanato
Vida de Viajante - do amigo de antigas datas de ecoturismo
La Cuccineta - para deixar os dias mais gostosos

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Aonde você mora? - 2




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Achei o hibisco


Já diziam os antigos: quem procura, acha. E não é só encrenca ou sarna para se coçar (ainda bem). Na Argentina há uma revista chamada Jardín que publicou, em parceria com o jornal La Nación uma coleção de 12 fascículos sobre as quatro estações do ano, dando exemplos de algumas plantas, de composições de jardins e de manutenção. No fascículo 6 - Verão - encontrei uma foto de uma rosa china, como aqui chamam os hibiscus. E não é que é igualzinho ao que fotografei? :-)


"Existe uma variedade anã chamada Hibiscus moscheutos, cujas flores medem cerca de 20cm. A planta chega a uma altura de 1 a 1,20m." (pág. 25 - fascículo 6)

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Enquanto não vai para a panela...


... a couve decora a cozinha.


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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Hibisco sim, mas qual deles?



Estou foleando o livro de ornamentais do Lorenzi, consultando o DVD 1001 Plantas, procurando outras bibliografias e não consigo decidir se o hibisco da foto é o Hibiscus rosa-sinensis, o Hibiscus siriacus ou o Hibiscus tiliaceus. Alguém sabe como faço para identificar corretamente o nome e sobrenome dessa preciosidade?

É tudo igual...


Aqui no Partido de Vicente López ("Buenos Aires") a legislação também protege as árvores. Ao menos as que estão nas calçadas - ainda não conheço a legislação para tentar compará-la com a que temos em São Paulo. Portanto, se quiser mexer numa árvore que está em alguma via pública, peça à prefeitura. E tenha paciência. Muita paciência. E persistência para cobrar. E criatividade para mostrar aos demais que sim, você está fazendo algo à respeito!
Como já vi muita coisa pior, esse caso nem me assombra (tanto). Para mim, o estado das raízes nem é tão caótico assim, mas, a julgar pelo teor da carta, o morador já deve ter tido inúmeras reclamações de transeuntes e efetivamente se preocupa pelos tornozelos do que ali transitam.


O pedido feito à prefeitura que está afixado na árvore é de julho de 2008, referindo-se a um processo iniciado em março de 2007... O inspetor veio, disse que informaria ao setor responsável para que o problema fosse solucionado e, adivinhem? Nada.


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Mi Buenos Aires querido

Não, não vou cantar um tango. Hoje não. Hoje quero falar um pouco dessa cidade que são muitas. Assim como São Paulo, ela tem muitas facetas. Uma delas é que chamamos de Buenos Aires não apenas a Ciudad Autónoma de Buenos Aires (que muitos ainda chamam de Capital Federal, como era conhecida antes de se tornar cidade-estado), mas o conjunto dela com vários outros municípios adjacentes. Alguém que não saiba onde termina um e começa outro, irá passear por Buenos Aires, Vicente López, San Isidro, San Fernando, Tigre... e nem perceberá que mudou de município no transcurso. No momento estou em Vicente López, num bairro chamado Olivos (onde mora também o Presidente deste país, na Quinta Presidencial que fica a apenas 6 quarteirões daqui). Tenho curiosidade de conhecer a Quinta, pena que não permitem mais entrar nela, como era permitido na época em que minha madrinha ainda frequentava a escola... Adoraria conhecer os jardins que tanto instigam minha curiosidade por detrás dos muros de tijolos aparentes, com copas de árvores frondosas e espaços abertos tão amplos que nem conseguimos supor a posição das construções que há lá dentro e que não devem ser poucas e tampouco pequenas.
Quantos jardineiros será que eles têm lá para cuidar daquilo tudo? São 11 x 4 quarteirões que medem, em média 100m x 100m. Ou seja, estamos falando de 440.000m2 (alguém quer fazer as conts e me dizer quantos hectares ou acres ou seja lá qual for a medida mais adequada são?).


Exibir mapa ampliado

Ainda bem que temos o Google Earth nessas horas... Querem ver? As coordenadas são 34º30'53,72"S e 58º28'57,86"O. Ou, aqui no Google Maps.

Aonde você mora?





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