sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Cozinhando com gerânios

Já sabia que flores de gerânio são comestíveis, apesar de ainda não ter provado essa iguaria. Mas que têm tantos perfumes (rosas, limão, menta...) e que as folhas são igualmente interessantes na culinária eu não desconfiava. É por isso que adoro ler a Fer, do Chucrute com Salsicha e a Neide, do Come-se: porque aprende-se muito e dá-se asas à imaginaginação. Elas falaram dos gerânios aqui e aqui. Divirtam-se!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

São Paulo: mais de 4600 praças

Pode não parecer - até mesmo o artigo "Uma praça de presente" diz isso - mas São Paulo tem mais de 4.600 praças e no dia 2 de outubro de 2008 terá mais uma, a Praça Victor Civita. Oba!
Visitar praças e parques está se tornando uma vontade cada vez maior. Para que ficar sempre nas mesmas? Há um mundo por descobrir aqui mesmo antes de gastar com viagens. Não que seja a mesma coisa, longe disso! Mas conhecer o nosso faz com que gostemos mais da cidade e tenhamos mais vontade de cuidar dela.
Essa especificamente tem ainda um detalhe interessante de sua história:

"(...) Fruto de uma parceria entre a prefeitura e o Instituto Abril, a reocupação do prédio do antigo incinerador e seu entorno se mostrou um grande desafio. “Uma equipe de técnicos detectou no terreno contaminação por metais pesados e fuligem”, explica a arquiteta Adriana Levisky, que assina o projeto de reabilitação com as arquitetas Anna Júlia Dietzsch e Renata Gomes. Substituir ou descontaminar o solo seria demorado. Cimentar tudo não seria ecológico. A trinca de profissionais propôs, então, cobrir o terreno com 50 cm de terra para isolar a contaminação. Mas não só isso. O projeto definiu ainda uma alternativa pioneira: construir decks a 1 m do chão. “Manter a história do lugar faz da praça um espaço de reflexão”, diz Adriana. Em vários percursos, painéis vão apresentar informações sobre sustentabilidade e dar dicas de boas práticas para o dia-a-dia. (...)"

Itatiba está terminando um parque que também será muito especial, como eu já contei brevemente aqui.

Por projetos como esses, pela reforma da praça perto de casa, pelas jabuticabeiras, pitangueiras, petréias em flor, pela cidade mais verde e por palestras sobre sustentabilidade como a que assisti ontem no Ibmec é que acredito que sim, podemos ter um presente e um futuro melhores.

***
Praça Victor Civita
Abertura ao público: 02.10.2008
quase 14 mil m2 na rua Sumidouro, em Pinheiros
o terreno abrigou por 40 anos um incinerador

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Anuncia sua chegada

Jabuticabeiras florindo, petréias belíssimas, moranguinhos crescendo, pitangueiras cobertas de brancas flores... É a primavera anunciando sua chegada. E não é privilégio dos países com neve apreciar esse espetáculo, basta apurar um pouquinho mais os sentidos ;-)

Frutas e flores num mesmo galho e com um belíssimo céu lilás para dar o tom. Que bom que esta pitangueira está na calçada para que eu pudesse vê-la. E está conseguindo se salvar de coletores brutos de frutas, está bem inteira. Que bom!


Meu morangueiro está muuuuito carregado esse ano, que delícia!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Expoflora

História da Expolora*

O objetivo principal da Expoflora é o resgate de aspectos culturais e sociais da Comunidade de Holambra, além da divulgação do trabalho desenvolvido pelos filhos dos primeiros imigrantes nas atividades rurais no município.
Em sua primeira edição atraiu mais de 12.000 pessoas em um único final de semana. Com o passar dos anos, a Expoflora se transformou na maior manifestação cultural da imigração Holandesa e na maior festa de flores e plantas da América Latina.
Toda Comunidade está envolvida, direta ou indiretamente no evento que projetou nacionalmente a cidade de Holambra e de forma decisiva contribuiu com a elevação do município à categoria de Estância Turística do Estado de São Paulo.
O principal objetivo da Expoflora nos dia de hoje, continua sendo a divulgação da Cultura Holandesa nas mais variadas formas, através das danças típicas, da culinária, do artesanato holandês, da música entre outras.

HOLAMBRA – BREVE HISTÓRICO

Estância Turística localizada a 140 km da capital do Estado de São Paulo, teve sua origem com o processo de imigração holandesa ocorrido logo após o término da II Guerra Mundial. Com território holandês totalmente devastado a geração do pós-guerra sentiu a necessidade da buscar uma nova vida e novas esperanças. Patrocinados pela Liga de Agricultores Católicos, entidade responsável pela negociação como Governo Brasileiro, em julho de 1948 se concretizava o sonho de uma nova vida para um grupo de Holandeses.

1949 - As primeiras famílias chegam a então Fazenda Ribeirão, local onde mais tarde seria criado o município. Um começo de dificuldades foi decisivo para que os imigrantes se sentissem cada vez mais unidos na preservação de suas convicções e tradições. O nome HOLAMBRA - nasceu da junção das palavras HOLanda, AMérica e BRAsil. Esta justa homenagem traduz o sentimento de gratidão dos primeiros holandeses prestam aos brasileiros que muito contribuíram para realização de um sonho.

1957 - Introdução dos primeiros bulbos de flores dando inicio ao que seria o maior centro produtivo de flores e plantas, responsável por 40% do abastecimento do mercado nacional.
1981 - Acontece a 1a EXPOFLORA.
1991 - Criação do Município de Holambra.
1998 - Elevação à categoria de Estância Turística do Estado de São Paulo.
2006- 25 anos da Expoflora



27ª Expoflora

Data: 28 de agosto a 21 de setembro, de quinta-feira a domingo.
Horário: das 9h às 19h.
Tema: Flores, tempo e ecologia.
Localização: Holambra, SP 340 (rodovia Campinas-Mogi Mirim) - saída 140
a 140 km de São Paulo e 40 km de Campinas.

Ingressos na bilheteria: R$ 25,00.
Crianças com idade até 5 anos têm entrada franca.

* texto extraído do site linkado no título

domingo, 24 de agosto de 2008

Orvalho

Adoro o orvalho. A neblina matinal. Algumas plantas ficam belíssimas com o orvalho da manhã e o sol nascente brincando nas gotículas de água.

Petrea subserrata (Viuvinha)

Dedo de moça

Bálsamo azul

Iresine

Dendóbrio

sábado, 23 de agosto de 2008

Perguntas que não querem calar



Não temos tempo a perder! Postagem inspirada na de minha amiga Dani.
(link para o vídeo no You Tube)


Trilha sonora, na voz de Zeca Baleiro

Paciência

Zeca Baleiro

Composição: Lenine e Dudu Falcão

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora, vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára (a vida não pára não)

Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não pára não)

A vida não pára

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Não perca o momento!

Ah, se fotos tivessem perfume...
As jaboticabeiras em flor (agora, não perca o momento!) têm um perfume deliciosamente doce, que vem em lufadas, trazido pelo vento.
Ah, se fotos tivessem perfume!

Qualidade de vida em Sampa

Olha só que bacana (do site Planeta Sustentável, artigo publicado em 18.08.2008):

Praças e parques de São Paulo: espaços de convivência
Com 5.500 praças e 43 parques municipais concluídos, que devem chegar a 100, até 2012, São Paulo tem procurado criar soluções para melhoria da qualidade de vida da população

Por Thays Prado

Com uma rotina que envolve trânsito, poluição, correria e muito concreto, é fundamental para a saúde mental dos paulistanos – e de todos os moradores de grandes cidades – ter seus momentos de lazer e de contato com a natureza. Em uma cidade sem praia, nada melhor do que usufruir das praças e parques – espaços públicos, a que todos podem ter acesso, passear com a família, reunir amigos, conhecer novas pessoas e desfrutar de uma paisagem mais verde.

Em evento realizado no dia 14 de agosto, na Editora Abril, quatro especialistas falaram um pouco da situação de nossos espaços públicos de convivência e apontaram soluções – já em andamento – para a preservação e melhoria das praças e parques de São Paulo.

Eduardo Jorge, secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente da cidade de São Paulo, falou sobre o Programa 100 Parques para São Paulo, uma iniciativa da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, que prevê um total de 100 parques para o município até o ano de 2012.

O secretário comentou que, em 2005, a cidade contava com 33 parques. Desde então, outros dez foram construídos e mais vinte e três estão em fase de implementação. Trinta e quatro novas áreas já foram desapropriadas com a intenção de serem transformadas em parques nos próximos anos e outras 32 áreas estão em fase de negociação e pode ser que também sejam destinadas ao Meio Ambiente.

No último ano, dos quase R$315 milhões que compõem o orçamento da secretaria, cerca de R$50 milhões foram investidos em parques lineares, áreas verdes próximas às várzeas dos rios que, além de se constituírem como espaços de lazer, impedem as enchentes e a invasão imobiliária sobre as águas. De acordo com Eduardo Jorge, a intenção é conseguir mais R$200 milhões junto ao FUNDEMA – Fundo de Defesa do Meio Ambiente para investir nessa mesma tendência no ano que vem.

Um modificação na dinâmica de escolha dos responsáveis pela manutenção e administração dos parques já trouxe vitalidade para esses espaços. Anteriormente, os cargos eram nomeados por vereadores, mas, este ano, foi lançado um edital para a seleção dos profissionais, para o qual mais de duas mil pessoas com nível universitário e experiência em gestão ambiental se inscreveram. “Foi um grande salto administrativo”, garante Eduardo Jorge. Outro quesito que mereceu investimento foi a segurança dos parques municipais. Atualmente, todos eles contam com segurança privada, o que consome R$18 milhões do orçamento da secretaria.

Durante o encontro, o secretário Eduardo Jorge também anunciou o lançamento, previsto para o dia 28 de agosto, do Programa Zeladores, que consiste em contratar moradores do entorno de praças que estejam desempregados e treiná-los para que façam a manutenção desses espaços de convivência. Inicialmente, será feita uma experiência com 40 pessoas, que deve se expandir se o programa funcionar bem.

Petrea

Elas estão participando da aula da Lian Gong, mas o que eu realmente queria mostrar são as maravihosas petreas ao fundo.

Viveiro Manequinho Lopes

7h30 da manhã: viveiro à pleno vapor
(Esses apartamentos ai sim têm o Ibirapuera como jardim!)

Tudo começou com uma "lição de parque" do curso de recursos paisagísticos: andar pelo Ibirapuera e encontrar uma escultura de um pastor alemão feita em bronze. Se você souber onde é, GUARDE SEGREDO! Eu ainda não achei a tal, mas estou longe de desistir.

Foi por isso e por causa do nosso trabalho em grupo que sai mais cedo de casa hoje. Às 6h40 já estava me deliciando, andando pelo parque. A paisagem era de neblina e orvalho, meus sapatos, meias, pés e calça ficaram molhados e eu deslumbrada tirando fotos. Nem lembro quando foi a última vez que fiz uma caminhada assim cedo, que delícia que é isso. Como será que podemos nos esquecer e ficar tanto tempo sem sentir prazeres tão simples?
A caminhada me conduziu ao lado do canil (portão 5), passando pela pista de cooper, seguindo por trás da quadra de saibro, e chegando ao Viveiro Manequinho Lopes. A última (e única) vez que o visitei foi numa visita guiada que naquela época a Anhembi Turismo (serviço da Prefeitura) organizava. Minha mãe e eu adoramos.

Para ter noção das dimensões

Pois então, resolvi entrar e xeretar. Afinal, já estava lá, não é mesmo? O cão que espere pela próxima... Ao Manequinho terei que voltar, pois é tão grande que nem metade eu vi (culpa da máquina fotográfica que peguei emprestada, hahaha). Dizem que há lá um ceboleiro enorme e lindo, mas esse também ficou para uma próxima oportunidade. E ainda vamos agendar uma visita guiada, ai sim!
Tirei tantas fotos fantásticas que fica realmente difícil escolher somente uma ou outra para publicar, mas farei um esforço!

Os viveiros produzem plantas para uso no paisagismo urbano


Uma belíssima estufa

Amanhece o dia

Peneirando terra

Clique nas fotos para ampliar

Floresta de estacas

Foto de hoje, no Viveiro Manequinho Lopes.

Desabrochando

E eu nem terminei a contagem ainda...




quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Telhados verdes

Não sei como ou quando exatamente vi um telhado verde (na net) pela primeira vez. Lembro que foi ano passado em algum momento de surf. Desde então essa idéia me acompanha e quero utilizá-la. Depois do curso, a vontade aumentou. Os telhados verdes (ou vivos, ou ainda ecotelhados) foram citados por mais de um palestrante e abordados com maior detalhamento por Toni Backes. Em sua aula, vários telhados chamaram minha atenção, tanto que estive comentando o assunto com minha querida amiga arquiteta Anngela Casa Nova - anngelacasanova@hotmail.com - e não pude deixar de xeretar a net em busca de fotos.
Sabe do que mais? Em Berlim (Alemanha) já é obrigatório construir com telhados verdes. Para não fazê-lo há de se enfrentar a burocracia e ter uma excelente explicação para conseguir a permissão.
Publico algumas fotos, com os links para o local de onde foram tiradas.

Fonte: ZinCo (empresa alemão que faz telhados verdes e soluções para garagens.

Esse telhado tirei daqui.

Esse exemplo achei ótimo. Uma escola em Lyon, França. Realmente um telhado, não um jardim sobre laje.

Mais um.

E esse, daqui.

A legenda original é essa:
Here is an opportunity for the U.S. to learn by example. You can see at least nine extensive greenroofs in this photo of Stuttgart-Weilimdorf, Germany. Photo source: ZinCo Int'l.
Desse link aqui, do mesmo site Greenroofs.


Gê: vamos fazer um? Dois? Três? Mil?

Uma, duas, três... mil quatrocentos e noventa e um... cinco mil e um...




terça-feira, 19 de agosto de 2008

Empolgação gera mais empolgação

Pronto. Já me empolguei de novo.
:-)


O curso acontecerá somente às terças, das 19h30 às 21h00. Vejo vocês por lá.

Flutuando nas nuvens - voltando à Terra

Uma das sacadas desse curso foi convidar tantos profissionais com trabalhos que se destacam e complementam muito o trabalho do paisagista, que geralmente é mais um designer, mais a parte criativa do processo de planejamento de um jardim e que, portanto, não pode conhecer a fundo cada uma dessas atividades tão específicas.

A equipe de apoio também merece menção especial: todos muito simpáticos, dispostos a ajudar.

Ouvi de tudo, me interessei por tudo. Algumas aulas foram mais chamativas que outras, alguns palestrantes têm mais o poder da palavra que outros, uns transpiram conhecimentos, mas não os conseguem transmir de forma a mostrar quanto verdadeiramente valem.

Conheci gente interessante de todo Brasil, algumas pessoas com mais intensidade que outras. Espero que esse contato se mantenha e seja uma forma de enriquecermos nosso trabalho e de tornar a profissão mais unida e responsável. Lá vou eu novamente com meus sonhos por um mundo melhor e mais justo...

E sim, me sinto flutuando nas nuvens de felicidade de ter tido essa oportunidade profissional. Iremos ainda neutralizar o carbono gerado pelo deslocamento dos participantes para assistirem ao curso e isso será um aprendizado muito valioso.

Nos vemos ano que vem no 2o curso de imersão em paisagismo? Espero que sim.

Flutuando nas nuvens - 4/4

Chegou o último dia e como costuma acontecer em eventos tão intensos tenho a sensação de que foi bem mais longo e de que eu já conhecia as pessoas que estavam presentes.

O dia começou com interessantes informações sobre a fabricação, uso e manutenção adequados para ferramentas e maquinário de jardinagem. Como dizemos em casa, nada como a ferramenta certa para o trabalho certo. E as ferramentas da barbie (aquelas que deformam só de você olhar mais intensamente para elas) que vão brincar de casinha, aqui não servem.
Flávio Pavesi nos deu dicas de ferramentas desenvolvidas especialmente para atender ao mercado de paisagismo, como podemos ver no exemplo da foto abaixo.
E quanto à afiação? Vou seguir as dicas dele e ver se é mesmo possível manter uma tesoura tão bem a ponto dela precisar da primeira afiação ao término de 5 anos de uso. A técnica? Lavar depois do uso, limpar com uma escova de dentes e óleo (mineral, de motor, de cozinha - podem ser usados), deixar escorrer (já limpa a ferramenta de bactérias e afins) e usar a ferramenta certa para o trabalho certo. Daqui a cinco anos eu conto como está a ferramenta de teste, ok?

A foto não ficou tão boa, mas dá para ver as três ranhuras que possui para impedir que a tesoura escorregue durante o corte de galhos mais duros e lisos. Tecnologia a nosso favor.

A eng. agr. Dra. Marisa Carlucci deu uma belíssima aula sobre palmeiras nativas pouco utilizadas no paisagismo. Em seu viveiro em Santos, já está produzindo algumas e tem muita disposição em plantar o que o mercado estiver disposto a absorver, passado o tempo devido. Ela se mostrou interessada em melhorar esse mercado no Brasil, dispondo-se, inclusive, a montar uma relação de produtores de palmeiras no Brasil. Eu nem suspeitava que temos mais de 200 espécies nativas. Que beleza! Somente a Indonésia tem mais opções que nós. Não consegui pegar o contato dela e o folheto acabou antes de chegar em mionhas mãos... quem manda sentar na turma do fundão, hein?

Fechamos o curso com uma aula sobre clima e tempo, com a meteorologista Josélia Pegorim, da Clima Tempo e da Rádio Eldorado. Consultá-la pode mesmo ajudar (e muito) no planejamento de nosso trabalho. Obrigada!

Bom, no meio de tanta gente especial tínhamos que terminar com festa: champagne (ou espumante, se quiser ser mais purista), petiscos, muito papo, alegria e fotos.

*** 17.08.2008 ***

Flutuando nas nuvens - 3/4

Começamos o dia com emoção, para acordar meeesmo: excelente aula de poda com o viveirista Luis Henrique de Almeida da Tropical Design. O primeiro oooh geral foi audível quando ele fez uma poda drástica num jasmin carolina. Seguiram-se outras, além de dicas de ângulo de poda, amolação de ferramentas, altura de poda... Algo que achei fantástico foi ficar sabendo que é possível plantar um torrão inclinado para endireitar uma planta e deixá-la mais aprumada. Chega de torturá-las com tutores para forçar seu crescimento retilíneo.
Segundo Luis, as plantas nos dizem quando querem ser podadas. Concordo, mas, se possível, prefiro deixá-las crescer livremente - há uma diferença entre cortar o cabelo e amputar um membro...

A aula de gerenciamento de obra foi muito importante, pois reforçou a necessidade que tenho sentido de novamente despertar meus conhecimentos adquiridos no curso de administração de comércio industrial (Industriekauflehre). O que meu irmão comenta de seu MBA também acho altamente aplicável ao mercado de paisagismo.
Osvaldo Policarpo Júnior foi sócio-fundador da ANP e têm uma empresa de 82 funcionários (que considera pequena), a Floraliz Paisagismo. Os temas por ele abordados foram muitos, portanto acabaram sendo bastante atropelados e desorganizados. Imagino que o assunto volte no curso do ano que vem, dividido em aulas que foquem temas para que possam ser mais bem trabalhados. Fica o estímulo a se informar por conta própria!

Logo tivemos uma explosão de energia na aula sobre marketing e orçamentos ministrada por Alex Sá Gomes, presidente da ASPABA - Associação dos Profissionais de Paisagismo da Bahia e paisagista há 20 anos no mercado de Salvador e Brasil. Foi muito reconfortante ver que soluções "caseiras" e simples como as que às vezes passam pela minha cabeça conseguem realmente atrair e fidelizar clientes. E fiquei encantada com seus programas para melhorar a qualidade de vida de sua equipe: responsabilidade empresarial em ação - parabéns!

Se antes eu já pensava em telhados verdes, agora não consigo tirar o assunto da cabeça. Um projeto está se formando e se modificando nela várias vezes ao dia. Em breve espero que esteja maduro para passar ao papel. Será que encontro o livro que
Toni Backes mostrou na aula "Telhados Verdes: incorporação de vegetação sobre coberturas de residências - ecotelhados"? Hum... está esgotado na editora... Mas ok, o que vi e ouvi em sua aula já me dará um norte muito bom e com bom senso, observação e estudo farei algo muito bom. Como é para mim mesma, nesse primeiro momento, posso correr o risco de testar.
Logo ele emendou uma aula de jardins vibracionais. Como é uma pessoa muito tranquila para agir e falar, intercalar suas aulas com alguém mais enérgico poderia ter sido boa estratégia. Eu amei voltar a ouvir sobre o assunto permacultura, ecovilas, aura das plantas (Kirlian)...

Encerramos o dia sendo motivados por Raul Cânovas a desenhar com as plantas, a procurar pelas menos utilizadas. Dessa vez no meio de tantas apresentadas achei uma ou outra que já utilizei e me senti mais feliz por isso :-).

*** 16.08.2008 ***

Flutuando nas nuvens - 2/4

O segundo dia começou com outro tem que muito me atrai: bioarquitetura, a boa arquitetura, a arquitetura da vida ou ainda arquitetura viva, termos que vem sendo utilizados na Alemanha desde a década de 70. Usa conceitos de permacutura (permanent + agriculture = permaculture, termo cunhado pelo australiano Bill Mollison). O arquiteto Francisco Lima nos mostrou construções que utilizam materiais naturais e locais sem perderem em conforto: bambu, terra crua, instalações para polimento de água. Biomimetismo, a vida imitando a Natureza. Você sabia que o bambu consegue rebrotar até 600 vezes enquanto o eucalipto rebrota apenas 8? e que a fotossíntese do bambu sequestra carbono dia e noite? O Parque Severo Gomes, perto de minha casa, tem um telhado verde que sempre admirei e foi feito pela Archidomus. Parabéns!

Nesse dia tivemos duas aulas de Raul Cânovas: a primeira sobre arbustos, a segunda sobre trepadeiras. O objetivo principal dessas aulas foi estimular os paisagistas a se interessarem pelo que há em espécies pouco utilizadas, a sairem do lugar-comum. Pois bem, ai vamos de encontro com um assunto que já dicutimosmuito aqui em casa com meu irmão, o desenvolvimento de fornecedores, pois a regra geral do mercado é e sempre será: só há produção se houver procura. É justamente o que eu temia ao fazer meu primeiro projeto - as plantas estão nos livros, mas, e na hora de comprar, como faz? Resposta: procura, procura, procura e procura mais um pouco e também estimula os fornecedores a produzir em escala de mercado. Mas isso não acontece de hoje para amanhã, que fique bem claro. Como pretendo estar no mercado por muito tempo ainda, tudo bem!

Contenção de encostas e drenagem foi uma das aulas mais fraquinhas. Não porque não fosse interessante, muito pelo contrário. Mas porque o modo de dá-la foi pouco de encontro aos anseios dos paisagistas. Notei que havia muito conhecimento, porém pouco "link" com o paisagismo. Saio dela convencida de que há solução para tudo, basta consultar o profissional correto. E isso é bem reconfortante. A empresa chama-se Agrogeo Engenharia, mas Fernando Andrade não deixou seus contatos (ou fui eu quem nçao teve tempo de anotar?).

A aula sobre frutíferas nativas do técn. agr. Luis Bacher foi mais um estímulo ao pesquisar. E pensar que há uma nao atrás eu achava difícil ter frutíferas em vasos... Incrível o que um pouco de conhecimento faz pelo ser humano. A lista que fiz de frutíferas nativas que podem ser cultivadas em vasos chega quase a 30 nomes. Sua empolgação com o assunto (e com os sucos) é algo contagiante. Obrigada. Logo Luis Bacher emendou uma aula sobre arborização urbana, que para mim passou meio batida, creio que pelo cansaço qeu ficar sentada o dia inteiro provoca, aliado a um assunto já mais conhecido. O que mais me marcou nela? Saber que o Jatobá seqüestra muito carbono.

Ufa! Fim do dia 2 de 3,5. ainda bem que existe a noite para deixar o conhecimento procurar seu lugar no cérebro para ser acessado futuramente. Mais importante que saber a resposta é saber que ela existe e onde econtrá-la!

*** 15.08.2008 ***

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Flutuando nas nuvens - 1/4

A imersão em paisagismo foi excelente. Extraordinária. Intensa. Foram muitos momentos de deslumbramento por encontrar tantas coisas acontecendo que falam diretamente comigo, que se encaixam perfeitamente em meu modo de pensar e afinadas com o que quero ter no meu trabalho: equilibrio, harmonia, funcionalidade, qualidade, respeito.

O curso começou com uma aula fantástica sobre plantas aquáticas. Além de achar o trabalho de André Bailone muito interessante, fui contagiada de sua inegável vontade de fazer acontecer um sonho.

Fiquei apaixonada pelo projeto do Parque da Juventude que está sendo construido em Itatiba e tem previsão de entrega à população para outubro desde ano. Trata-se de um parque que tem em sua vocação ensinar. Parte de seu traçado foi desenhado para manter um brejo que havia no local e seria aterrado. Agora ele será um fantástico passeio de educação ambiental pelos cinco continentes e suas mais significativas plantas aquáticas, um verdadeiro hidrofitotério. O local se chama "Águas do Mundo" e, para começar, orientação: uma enorme rosa dos ventos no meio de uma praça e rodeando um lidíssimo mapa mundi executado em mosaico português. Na saída, tratamento, ops, polimento da água em tanques com as mais diversas plantas aquáticas. Na última praça, como não poderia deixar de ser, Vitória Régias, para comprovar que a água está polida.

Outro projeto estupendo é o de uma casa com telhado verde (ou vivo) e piscina natural. Achei as duas aulas dele imperdíveis.

Uma vez, voltando para casa, vi o plantio de árvores que tem seus 20m de altura num prédio que fica atrás do Shopping Morumbi. É algo alucinante. E assim é o trabalho de Armando Salvador Falanghe, eng. agr. paisagista que me deu o prazer de aprender mais sobre o transplante de árvores de grande porte. Nos alertou sobre uma nova portaria do Município de São Paulo, a Portaria 26 / SVMA.G / 2008, que ainda quero estudar e que:
* obriga qualquer construção a manter todas as árvores existentes no terreno a ser trabalhado;

* permite que a vegetação seja agrupada em parte do lote;

* impõe a substituição.

Isso, de forma beeeeem resumida.
Atualmente ele trabalha da Floricultura Campineira, mas anunciou que vem novidade em breve e que nascerá uma empresa cujo foco é o transplante de grande porte. Bom para nós.

Água. O assunto do momento e que será assunto por muito tempo. Dentro de 10 anos o problema já deve ser por nós percebido com muito mais dureza que hoje. Vi hoje um documentário no Discovery Channel mostrando uma equipe de cientistas que foi estudar os sintomas do efeito-estufa no Alaska. Longe de tudo, num parque nacional deserto. Encontraram cachoiras de água de degelo numa geleira que, desde a última foto em 1930, diminuiu assustadoramente.

O eng. agr. José Giacóia Neto, gerente da Rain Bird Brasil, nos falou dela, de seu uso racional no paisagismo. de bons e de maus projetos. De como identificar fornecedores que têm bom nível técnico e farão bons projetos.

A aula sobre compostagem achei fraquinha. O que aprendi nos demais cursos foi mais que nessa aula, que achei básica demais e meio confusa. Esse assunto não conseguiu acompanhar o tchan-tchan-tchan-tchaaaaaan dos demais.

Falamos sobre gramados. Por fim consegui decidir o que fazer num orçamento solicitado. Ernesto Henriques mostrou o quanto a Itograss investe em pesquisa para oferecer o melhor tapete de grama. Não tinha realmente pensado que há tanto por trás de um produtor de grama, apesar de já ter ligo algo sobre a técnica de se ter um bom gramado. Estranho não ter ligado A a B...

Com isso, chegamos ao fim do primeiro dia. 1 de 3,5.


*** 14.08.2008 ***

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Espetacular

Ontem começou o 1o Curso em Imersão em Paisagismo, organizado pelo paisagista Raul Cânovas, que admiro muito por seu trabalho e simpatia.
Tivemos aulas de plantas aquáticas utilizadas em jardins para decoração e polimento de água (vimos projetos fantásticos do Parque da Juventude de Itatiba, que será aberto ao público em outubro deste ano e de uma casa com piscina natural, telhado verde, captação de água... além de muito mais!), aula de transplante de árvores de grande porte, de irrigação, de composto orgânico e de gramados. Todas muito boas, com excelentes profissionais do mercado.
A organização está de parabéns, horários estão sendo (basicamente) cumpridos, os participantes são interessados, as pergntas pertinentes.
Estou amando. Já vi que domingo, quando acabar, vou sentir falta...
Agora fiquei na vontade de plantas Vitória Régias, de fazer gramados e jardins com irrigação automatizada (não que já não tivesse orçado isso antes...), ai, enfim,de tudo mais ainda que antes.
Que delícia de trabalho! Que delícia de gente!


***
Coordenador Raul Cânovas

"Criar jardins é uma tarefa quase sublime.
Talvez, esse seja o motivo pelo qual o paisagismo está ligado, sempre, ao glamour. Contudo, além do charme e da simpatia, do magnetismo e do encanto pessoal, os projetistas e os construtores de áreas verdes precisam de subsídios concretos para realizar suas tarefas. Por isso elaboramos um programa de capacitação, que ajudará a resolver as questões do dia-a-dia; mantendo você atualizado e em perfeita conexão com as últimas tendências paisagísticas. Certamente uma ocasião imperdível para reciclar-se e conhecer profissionais que muito lhe ajudarão."

Início: 14 agosto
Término: 17 de agosto
21 aulas com 1:15h cada
08h:00 às 18h de quinta à sabado e das 08h00 às 14h00 no domingo

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Despedida


Como despedida, esta folha no fim de seu ciclo nos brinda com espetacular mudança de cores. É a planta reaproveitando todos os nutrientes antes de descartar uma estrutura que não mais lhe serve.

Tapete varrido


Folhas e flores não são sujeira, ao contrário do que pensa grande parte da população brasileira. Um chão coberto de folhas é lindo, o perfume da terra, delicioso, os cachorros adoram deitar nos montinhos quentinhos de folhas, as plantas agradecem pelo alimento. Mas o bicho-homem insiste em achar que o jardim está "sujo" quando fica coberto de folhas e flores. Uma pena.
Já reparou no tapete amarelo/rosa/branco/... que há em ruas, jardins, parques? Não? Será que varreram?
E quando, na Semana Santa, enfeitam as ruas de Embu das Artes com desenhos formados por serragem colorida, folhas e pétalas de flores? Ai você repara? Acha bonito?
Bom, eu adoro essa época do ano quando podemos alimentar a alma através de nossos olhos. Primeiro, com os ipês em flor. Depois, com eles floridos e os tapetes coloridos que debaixo deles se formam. Logo, apenas com os tapetes, que começam lentamente a desbotar. E mais tarde é a vez dos jacarandás e seus lindíssimos tapetes lilases. E adoro sonhar em passear por uma Europa outonal, com ruas cobertas de folhas amarelas e vermelhas. Ou por bosques de pinheiros cobertos por suas agulhas. aliás, isso já fiz. E me diverti muito escorregando sentada em encostas cobertas por elas. Só minha mãe não deve ter gostado muito da cor da bermuda logo depois...

Na foto, o que sobrou de um majestoso tapete rosa que começava a se formar esta terça no Ibirapuera. Pena que cheguei depois da "limpeza"...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Começou hoje

O curso de Recursos Paisagísticos da Escola Municipal de Jardinagem.
Eba! Adorei voltar a ir ao Ibirapuera logo cedo, voltar a percorrer o caminho do carro até a escola, rever pessoas legais, professores bacanas, voltar a falar de plantas.
Pena que a aula acaba tão rápido... Mas quinta tem mais!

Green gym

Republico um post do Elena sem H:

Quem me conhece sabe que mais exercício me faria bem. Mas ai surgem algumas dificuldades (e várias desculpas) como o fato de eu detestar academia, de eu ter mais pique de manhã (e ao mesmo tempo ter que sair relativamente cedo depois de cuidar dos cachorros etc.) e por ai vai.
Adoraria poder praticar rafting, rappel e outras coisas similares com mais freqüência, mas ai não há bolso que agüente tornar isso numa atividade física regular.
A melhor maneira de eu me mexer é me empolgar em algum projeto, como fazer um belo jardim, por exemplo. Ou então as prateleiras que resolvi fazer para meu quarto. Ou ajudar algum amigo na mudança, ou pintando paredes... Enfim: nada dos clássicos abdominais ou flexões ou, ou, ou...

Justamente por isso AMEI a idéia do Green Gym, na Inglaterra.
A matéria publicada na Revista Vida Simples de agosto de 2008 (que eu li no Planeta Sustentável, aqui) faz um ótimo resumo da proposta deles (e eu nem tenho que traduzir, hehehe):


Academia na roça - Cuide do corpo e (de quebra) do meio ambiente

Trocar o conforto da cama para se exercitar nos fins de semana sempre exige uma boa causa: ganhar mais saúde, socializar – e cuidar das áreas verdes do bairro. Estranho? Não na Inglaterra. Há dez anos, a ONG inglesa BTCV administra a bem-sucedida Green Gym (“academia verde”), um programa de malhação em benefício da natureza. Em encontros semanais, voluntários fazem três horas de exercícios em sessões de plantio e poda de árvores, construção de cercas ou lixeiras de madeira, manutenção de canteiros, cultivo de hortas e abertura de trilhas.

Dessa forma, estima-se que os mais de 10 mil participantes dos 95 grupos de Green Gym do Reino Unido já tenham recuperado 2500 praças públicas, canteiros, parques ecológicos – além de ficar em melhor forma física. (segue...)

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Bem legaus

Acabei de descobrir o blog Bem Legaus, que é, como diz o nome, muito legaus.
Já mandei alguns links para várias pessoas, mas essa Cabeça Plantada eu quero publicar por aqui, espero que o André não se importe.


Outra idéia bacanérrima que pretendo aproveitar algum dia:

A lista de coisas legais das que gostei e que usaria é longa, bem longa. Vão e divirtam-se!