Continuo com esse costume, que hoje aprendi que pode ser perigoso. Estava eu passeando calmamente pelas ruas de Olivos com minha máquina (ops, é do meu pai...) e tirando fotos de arbustos, que é o que estamos estudando no momento no curso que estou fazendo - falo dele outra hora.
De repente ouço um chamado meio agressivo. Um senhor de cabelos brancos parado na esquina resolveu que eu poderia ser uma terrorista (é, ele usou mesmo essa expressão!). O guardinha também se aproximou.
Ele: O que você está fazendo ai? Isso é propriedade privada.
Eu: Estou apenas fotografando as plantas...
Ele: Não pode! Eu lá sei se você é uma terrorista ou que intenção tem?
Eu: Estudo as plantas, fotografo para isso...
Ele: Não pode!
Eu: Peço desculpas, posso mostrar ao senhor.
Ele: Eu não moro ai. Mas sou um vizinho, preocupado com o bairro. Vá fotografar as plantas da sua casa! (Mas bem que ele estava começando a ficar meio sem jeito, o tom de voz já não era mais tão agressivo) Eu: Peço desculpas...
Olhei para o guardinha, que sem jeito me falou que estava apenas fazendo seu trabalho, coitado. Olhei novamente para o senhor, virei as costas e fui embora. Para que continuar tentando explicar... Se ele cuidasse do próprio jardim ou de um vaso que fosse, não seria tão estressado, coitado.
Mas até entendo o medo da população e achei que isso pudesse algum dia acontecer, mas achei que seria com o morador, não com alguém passando na rua. E achei que seria em Sampa, não aqui em Buenos Aires onde a vida (ainda) é bem mais tranquila que ai...
Enfim, inauguro a coleção de anedotas da vida de uma paisagista principiante.