terça-feira, 27 de abril de 2010

Granizo catástrofe


18 de abril de 2010, Olivos - Buenos Aires, Argentina


Alguém já viu a Terra se defendendo dos constantes ataques sofridos pelo ser humano e seu 'desenvolvimento'? Até domingo retrasado eu podia me considerar sortuda por nunca ter passado por um tsunami e nem ter estado presente em catástrofes consideradas naturais como vulcões ou terremotos (que não sofrem interferência do homem - será?).
Depois de me sentir apedrejada dentro do trem e não dar muita bola (afinal, granizo é algo conhecido), me espantei com o tamanho das bolas de gelo que pintavam de branco o gramado da praça que fica ao lado da estação de trens.

A foto não é muito boa, era noite

Mesmo assim, não dei muita bola... Mas quando vi uma reunião de vizinhos na rua falando sobre o assunto e mais ainda quando entrei em casa e vi o tamanho real da coisa (as bolas da praça já estavam bastante derretidas) comecei a achar tudo muito absurdo e sobrenatural.
O 'cambio climático' (como se diz por aqui) demonstrou a força da Natureza: fomos 'agraciados' com uma tempestade de granizo onde os gelos eram do tamanho de laranjas (ou bolas de tênis, se preferirem uma comparação de tamanho menos variável). Durou cerca de 10 minutos, mas foi 'eficiente' e seu rastro de destruição pode ser apreciado pelo bairro e ficará presente por mais um bom tempo. Uma semana depois ainda há muitíssimas casas com telhas quebradas (inclusive a de meus pais), as pilhas de telhas, vidros, lâminas plásticas e toldos se amontoa nas calçadas do bairro, carros com amassados e vidros quebrados agora fazem parte da paisagem. Dá-lhe judiar da pobre Gaia... Finalmente Ela resolveu se defender!

Quem não tem teto de vidro que atire o primeiro granizo

Vocês acham que se tivesse tirado a cadeira do meio do gramado ela teria sobrevivido ao incidente? Não tenho certeza... Havia outras três empilhadas debaixo do telhado da churrasqueira e, não perguntem como, só a última debaixo ficou inteira...

Os bairros de Olivos, Martinez e região foram os mais atingidos. Vê-se gente andandando por tudo quanto é telhado.

Se não são pilhas assim, são caçambas pequenas ou grandes ou sacolas de entulho se acumulando pelas calçadas - a prefeitura não dá conta de recolher.

O bom é que ninguém que conheço se machucou. Então brindemos: enquanto uns tomam whisky com gelo do glaciar Perito Moreno, brindamos com coca light e "gelo dos deuses" ;-)


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Antes tarde que mais tarde - Lithops

Eba! Meus primeiros Lithops. Alguém sabe dizer qual a espécie? São duas diferentes?


Este veio com efeito especial: fica translúcido contra a luz ;-)

Um mais alto... (e translúcido)

... outro mais troncudinho e enrugado (será falta de água?)


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segunda-feira, 12 de abril de 2010

sábado, 3 de abril de 2010

Stapelia lepida? Orbea variegata?



Ganhei uma mini-touceira de uma amiga que também é voluntária lá no viveiro de plantas nativas há uns dois meses. Eles cresceram um monte e agora estão cobertos de botões de flores que são perfeitas estrelas. Essa suculenta é muito interessante, adoro o formato da planta e os botões de suas flores são como balõezinhos compostos de 5 de tudo: 5 sépalas, 5 pétalas, 5 estames... O botão é bem tridimensional, já a flor aberta é muito plana, uma estrela perfeita, toda pintada de roxo bem escuro e um verde-amarelado pálido. Parece um bicho e atrai moscas, que a polinizam. Não senti nenhum perfume, apesar de imaginar que deve ter algum cheiro a carne meio podre para atrair as moscas. Se lembrar, vou cheirá-la à noite e ver se algo muda.
Originária da África do Sul, de clima subtropical árido, requer solos bem drenados, arenosos, sol ou meia-sombra. Reproduz-se por estaquia de folhas, divisão de touceiras ou sementes.

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Nossa! Ela tem cheiro de carne podre sim, E COMO! Mas tem que enfiar o nariz na flor e inspirar (não precisa ser muito profundamente não), o que possibilita que ela continue pendurada perto a área de circulação sem inconvenientes.


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Alterei o título desse post pelo comentário feiro hoje pelo Neto. Acho que ele tem razão e se trata mesmo de uma Orbea variegata. Obrigada pelo atento comentário. (01 de abril de 2013)